Criança brincando, representando o tema do aumento de diagnósticos de autismo e os fatores que influenciam essa condição
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Autismo: causas, fatores de risco e o aumento nos diagnósticos nos últimos anos

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que impacta a comunicação, o comportamento e a interação social. Nos últimos anos, o número de diagnósticos aumentou consideravelmente, gerando diversas dúvidas entre famílias, profissionais da saúde e educadores. Mas afinal, o que está por trás desse crescimento? Quais são as principais causas do autismo segundo a ciência?

Neste artigo, vamos explorar os fatores associados ao TEA e entender por que tantos casos estão sendo identificados atualmente.

O que é o Autismo (TEA)?

O Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por uma variedade de manifestações que variam de leves a severas. Os sintomas geralmente aparecem nos primeiros anos de vida e incluem:

  • Dificuldade na comunicação verbal e não verbal;
  • Comportamentos repetitivos e interesses restritos;
  • Dificuldade na interação social.

Por isso, o termo “espectro” é utilizado, já que cada pessoa com autismo apresenta um conjunto único de características.

O que causa o autismo?

A ciência ainda não aponta uma única causa para o autismo. Em vez disso, acredita-se que o transtorno seja resultado da combinação de fatores genéticos e ambientais. Veja os principais:

1. Fatores Genéticos

Estudos mostram que a genética desempenha um papel fundamental. Irmãos de crianças com autismo têm mais chances de também apresentarem o transtorno. Além disso, pesquisadores já identificaram centenas de genes que podem estar relacionados ao TEA. (Sandin et al., 2014)

2. Fatores Ambientais

Condições ambientais durante a gestação e o parto também estão sendo estudadas. Alguns fatores de risco incluem:

  • Infecções virais na gravidez;
  • Exposição a poluentes ambientais;
  • Idade avançada dos pais;
  • Baixo peso ao nascer ou complicações no parto.

Esses fatores, isolados ou em combinação com predisposições genéticas, podem influenciar o desenvolvimento do cérebro.

3. Alterações no Neurodesenvolvimento

Pesquisas em neuroimagem mostram que pessoas com TEA apresentam diferenças na estrutura e conectividade do cérebro, especialmente em áreas relacionadas à linguagem e socialização. (Courchesne et al., 2011)

Por que aumentaram os diagnósticos de autismo?

O crescimento no número de diagnósticos de autismo pode ser atribuído a diversos fatores, como:

1. Maior conhecimento sobre o TEA

Profissionais da saúde, educadores e a sociedade estão mais informados sobre os sinais precoces do autismo, o que permite diagnósticos mais rápidos e precisos.

2. Critérios diagnósticos mais amplos

Com as mudanças no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), houve uma ampliação dos critérios para diagnóstico, incluindo condições que antes não se encaixavam no espectro.

3. Aumento da procura por serviços especializados

As famílias estão mais conscientes e atentas aos marcos do desenvolvimento infantil, o que tem gerado um aumento na procura por avaliações.

4. Redução do estigma

Falar sobre autismo hoje é mais comum e aceito. Isso encoraja pais e cuidadores a buscarem apoio e diagnóstico sem medo de julgamentos.

É possível prevenir o autismo?

Até o momento, não há uma forma comprovada de prevenir o autismo. No entanto, cuidados durante a gestação, acompanhamento médico adequado e o estímulo precoce podem promover melhor desenvolvimento da criança, independentemente de um diagnóstico.

Conclusão

O aumento no número de diagnósticos de autismo não deve ser visto como um “surto” da condição, mas sim como um reflexo de maior conscientização, avanços na ciência e melhor acesso a serviços especializados. Entender as causas do TEA é um passo essencial para promover inclusão, respeito e oportunidades para todas as crianças.

Se você deseja saber mais sobre como identificar sinais precoces ou como funciona o processo de avaliação, entre em contato com nossa equipe especializada.

Referências:

  • Sandin, S., et al. (2014). The familial risk of autism. JAMA, 311(17), 1770-1777.
  • Courchesne, E., et al. (2011). The brain in autism: Early overgrowth and abnormal connectivity. Neuron, 70(5), 828-838.
  • American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.).

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